sábado, 5 de outubro de 2013

Polícia apura estupro de menina de 12 anos por colegas de escola


Ilustrativa
RIO - Policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) instauraram inquérito para apurar o estupro de uma adolescente de 12 anos, ocorrido em 19 de setembro na casa de um amigo, no Itanhangá, na Barra da Tijuca. Os acusados, com idades entre 13 e 16 anos, além de terem abusado da menina, conforme noticiado na coluna de Ancelmo Gois, no GLOBO, filmaram todo o ato e passaram o vídeo para outros colegas, por meio de um sistema gratuito de mensagens pelo celular. Os adolescentes estudam na mesma escola, de classe média, na Barra. Foi instaurado inquérito para apurar estupro de vulnerável, e o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) entrou com uma medida judicial para proteção da menina e uma representação para punir os infratores, com internação provisória.

Segundo a polícia, a jovem e duas amigas, da mesma idade, teriam mentido para os pais e ido a uma festa na casa de um dos meninos. Lá, o grupo, de cinco garotos, teria tentado obrigar a menina a ingerir vodca, mas ela se recusou. Em seguida, como mostra o vídeo, ela foi jogada em um tatame por um dos jovens e imobilizada por outro. Pode-se ver o desespero da adolescente, que resiste. Eles tentaram tirar o short da menina. Como não conseguiram, eles a obrigaram a praticar sexo oral em um deles. Um terceiro fez o vídeo.
Ao tomar conhecimento do caso, a mãe da menina procurou a delegacia da Barra, que a encaminhou para a DCAV. Esta já ouviu os cinco meninos envolvidos, a vítima e suas amigas, que estavam no local mas não presenciaram o estupro. A polícia agora tenta localizar todos os adolescentes que receberam o vídeo pelo celular.
Para a promotora do MP Rosana Cipriano Simão, as cenas revelam a degradação de valores que vigora em determinados grupos de adolescentes. Em nota, ela afirmou que, pela internet, “há disseminação de imagens humilhantes e que violam a integridade física e mental de seres humanos em formação”.
O inquérito, segundo o delegado assistente Gilbert Uzeda, corre sob segredo de justiça por se tratar de menores. Dois promotores da Vara da Infância e Juventude acompanham o caso. A vítima deve depor novamente na DCAV, acompanhada de uma psicóloga. Uzeda disse que o vídeo ainda não está na internet e que a DCAV está monitorando para que, caso isso ocorra, o site seja acionado para removê-lo.
O MP quer que Google, Orkut, Facebook e Twitter sejam ordenados a restringir pesquisas que possam direcionar para o vídeo, bem como que os alunos da escola sejam advertidos de que a manutenção ou divulgação de imagens pornográficas e humilhantes em relação a crianças e adolescentes é crime.
A direção do colégio não quis comentar o caso, afirmando ter o dever de preservar seus alunos. Mas ressaltou não ter “ingerência sobre o que acontece do lado de fora”.

* Reprodução Márcio Melo

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