sábado, 4 de junho de 2016

Mossoró sofre sem representantes..




O processo de cassação de mandato do deputado estadual Manoel da Cunha Neto, o “Souza” (PHS), volta à pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) na semana que entra. Ele responde por crime de abuso de poder econômico (artigo 41.º da lei 9.504/97).

Souza foi eleito com pouco mais de 20 mil votos, tendo como base eleitoral a região de Mossoró, mesmo assim, sob suspeita de se beneficiar de estrutura alheia à lei.

Se a Justiça Eleitoral abreviar o seu mandato pouca diferença fará à região que lhe confiou o voto. Até aqui a sua atuação parlamentar é sofrível sob todos os aspectos, mas, principalmente pela ausência de ação nos grandes temas de interesse da população de Mossoró e da Costa Branca, onde se concentrou a maior densidade da sua votação.

A promessa de assumir o papel de “deputado dos mossoroenses” não se concretizou. Na verdade, uma grande decepção. A pouca produtividade de Souza nesses 17 meses de mandato expõe, de forma bem clara, o tamanho do prejuízo de Mossoró não ter renovado o mandato de seus representantes natos (ex-deputados Leonardo Nogueira e Larissa Rosado) ou de eleger candidatos com origem na cidade.

O mesmo erro se estende ao deputado Galeno Torquato (PSD), que aqui recebeu mais de 13 mil votos e sequer tem andado na cidade. Aliás, Torquato, além de não fazer nada pelos mossoroenses, ainda costuma falar que pagou antecipado por cada voto recebido na Terra de Santa Luzia.

Essa decepção deve servir para o eleitor refletir na hora de sufragar um nome na urna. Abrir mão de legítimos representantes, por algum favor ou bondade de momento, é colaborar com o risco de a cidade ficar indefesa no poder. O prejuízo é enorme.

Veja que a atual legislatura da Assembleia Legislativa não tem um deputado para lutar por Mossoró. Nenhuma voz se levanta em defesa de melhorias na saúde, educação, social, infraestrutura, desenvolvimento econômico, etc. etc. etc..

Bem diferente de antes. Por cinco décadas a cidade teve representantes no Legislativo estadual, chegando a contar com até quatro mandatos na mesma legislatura. O grito da terra estava presente para dizer ao Rio Grande do Norte que a segunda maior cidade do Estado deveria ser tratada com respeito e receber os benefícios de acordo com a sua importância.

Fica a lição, não só para aqueles que vibraram com a não reeleição de um mossoroense, mas sim para toda a população que daqui a pouco será chamada para escolher outra vez os seus representantes.
Valorize o voto, respeite a sua terra.

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