quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Maior nota de corte do Sisu, curso quer atrair médicos ao interior do Rio Grande do Norte!


Graduação em medicina na UFRN de Caicó tem corte em 868,98 pontos. Curso nasceu dentro de política de interiorização da universidade federal.
A atração de médicos para atender o interior é o foco do curso de medicina com a maior nota de corte do Brasil na primeira parcial do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), feita na madrugada desta terça-feira (20). A graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no campus de Caicó, cidade da região Seridó, nasceu dentro da política de interiorização adotada pela instituição e quer priorizar alunos com raízes regionais.

Com 868,98 pontos como nota de corte, o curso ofertado no campus de Caicó ficou a frente das graduações de medicina da UFPA (858,13), UnB (826,54), UFRJ (821,64) e UFPR (821,53). As notas são para a modalidade de ampla concorrência. O Sisu usa, para fazer a seleção para as vagas, as notas obtidas pelos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014.

"É um dado que fortalece muito a proposta deste curso. Representa uma aceitação da oportunidade que está sendo dada para aqueles que querem estudar medicina sem precisar se deslocar para grandes cidades. Nosso programa é voltado para a inserção na comunidade e para atendimento da demanda regional", afirma o diretor da Escola de Ciências Médicas da UFRN em Caicó, George Dantas Azevedo.

Planejado desde 2012, o curso de medicina veio com a proposta da UFRN de criar cursos mais competitivos no interior. "Queremos atender uma demanda da comunidade e privilegiar alunos que tenham vínculos com a região. Com isso a possibilidade de permanência do profissional aqui aumenta", explica o diretor da Escola de Ciências Médicas.

Para atender a meta, a UFRN criou uma resolução em 2013 que estabelece um critério regional para incrementar as notas dos alunos da região. Os estudantes que realizaram o último ano do ensino fundamental e os três anos do ensino médio em microregiões próximas a Caicó ganham o argumento de inclusão.

"Vale para todos os cursos ofertados no interior. Inclui microrregiões do Rio Grande do Norte e também algumas da Paraíba. Não há prioridade para escola pública ou privada. O critério é regional", ressalta George Dantas, que acredita ter sido esse um dos fatores que influenciaram o ponto de corte alto do curso.

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